Wabi Sabi e o consumo consciente
Eu já tinha escutado falar a respeito do Wabi Sabi, mas foi num vídeo do canal Me Poupe, da querida Nathalia Arcuri, que comecei a aprender e me interessar no assunto. Não foi de imediato. Confesso que inicialmente eu achei meio ridículo esse conceito japonês e só após refletir, acabei me decidindo por colocá-lo em prática.
Wabi Sabi é conhecido como a arte da imperfeição. Não tem tradução em nenhum outro idioma, mas segundo o site Japão em Foco, numa tradução livre Wabi significa "a simplicidade, a elegância, o rústico" e Sabi significa "a beleza da idade, do desgaste e das rugas do tempo".
Resumindo, o Wabi Sabi implica em valorizar as coisas independente do tempo e do desgaste sofridos por elas.
Quando descobri isso achei patético. Entendi que era facilmente praticado por pessoas menos ricas, que compram apenas quando necessário e olhe lá (o que basicamente já faço), já que "se deve ter apego pelas coisas velhas e algumas vezes pelas quebradas também". Realmente desmereci a Nati nesse vídeo.
Mas refleti e entendi que Wabi Sabi não se trata de comprar menos, mas de consumo consciente. É muito mais sobre dar valor ao que se tem ao invés de se deixar levar pelas vitrines.
Num exemplo prático: se eu tenho um par de tênis de corrida que me serve, não tenho motivos pra comprar outro. Ou pelo menos não motivos consideráveis.
Sei que é meio complicado pra nós mulheres, já que o comércio é praticamente todo voltado pra nós e estamos sempre "precisando" de alguma coisa. Mas é bem verdade que se a gente parar pra analisar, acabamos percebendo coisas pouco ou até mesmo nunca usadas e que aquilo de que estamos "precisando" é muito mais uma vontade, um impulso, uma moda que se quer seguir, do que uma necessidade de fato.
O Wabi Sabi prega o desapego as coisas materiais, ao status que elas podem trazer, e traz uma conscientização sobre o consumo. Assunto que tem sido tão falado, mas pouco ensinado.
Ou seja, a Nati não estava errada quando tratou desse assunto como uma boa dica para economia das nossas finanças, pelo contrário! Confesso que a parte de não trocar produtos com algum defeito me incomoda (talvez seja um pouco mais avançado, como o vegano é pro vegetariano), mas tenho adestrado minha mente a olhar pro meu armário antes de achar que preciso comprar alguma coisa e me sinto melhor por ter essa consciência. Mente leve e bolso seguro.
doisaltos: A foto do início desse post é a xícara quebrada do filme A Bela e a Fera na versão da série Once Upon A Time, que é super valorizada e estimada pelo Rumple (ou Fera) mesmo estando quebrada. E o desenho nela também é meio oriental, né? Mais Wabi Sabi que isso impossível! kkk
princesas sempre sabem das coisas ;)
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