Despedida

junho 29, 2016

Eu não sou romântica. Confesso que tenho meus sonhos de "felizes para sempre", que uns atribuem ao meu signo. Mas não acredito em signos.
Nem em amor à primeira vista.
Não sou adepta de juras de amor, demonstrações públicas de afeto, horas ao telefone, dependência, grude ou ursos de pelúcia.
Até que houve a despedida.

Conheci ele de uma forma inusitada, mas acabei encontrando um cara muito legal. Não só pelo jeito que me tratava, pelo incrível gosto musical e lidar com arte. Por ser mesmo um cara muito legal. Daqueles que se deveria agradecer por ter em seu círculo de amigos.

Faz mais ou menos um mês e eu já sabia que ele logo iria para outro continente passar algum tempo. E não sofri. Achei muito bom, na verdade.
Tivemos nossa despedida.

Com olho nos olhos, um braço dele em volta da minha cintura e o outro com a mão passeando nos meus cabelos.
- Que pena eu só te encontrar agora.
Diria ele.
Foi isso que eu pensei.

Na verdade não teve braços, passeios no cabelo, muito menos essa frase tão romântica. Romântica.
Então eu percebi que eu sou sim piegas. E não gostei. Sensação de tão vulnerabilidade.

Eu preciso ser forte. Sei disso.

Então odiei ter pensado naquela despedida. Mesmo não me arrependendo do pensamento - e preferir mesmo ele.

- Boa viagem!
Eu disse

- Obrigado!
Ele respondeu.

E teve um abraço. Rápido. Comum. Meu.
E um desejo de não ser mesmo romântica. Nem por um momento.

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