TIK TOK - O novo vício social
Nada ganhou tanta força desde a pandemia quanto o Tik Tok. A rede social não só cresceu como transformou as outras redes sociais e a forma de se comunicar nela - fora o termo "dancinha do tik tok" que já entrou para o nosso vocabulário informal. Mas até onde isso é legal?
Confesso que tive a minha conta por lá e me diverti com dublagens no período de isolamento, mas precisei sair de todas as redes sociais pra me dedicar a uma prova e, adivinhem só, não senti falta dele. E isso já faz um ano.
Além do que, uma coisa que não te contam sobre a rede vizinha é o quanto ela é capaz de te fazer perder tempo. O algoritmo usado por lá é incrível de bom e realmente só aparece o que e quem te interessa, então são horas e horas perdidas apenas assistindo mais e mais vídeos.
Eu sei que o que ficou mais famoso foram dancinhas, mas tem sim uma porção de conteúdo criativo, interessante e relevante. A questão é que aqui no Brasil só besteira ganha palco.
Entenda, não condeno quem faz as dancinhas, acredito que seja divertido aprender, juntar a galera e arrasar nos passinhos, mas convenhamos que.. é só isso.
Penso que deve ser mais legal pra quem faz que pra quem assiste. Acredito que tem muito mais a explorar nessa ferramenta além da mesma coreografia, a mesma trend, a mesma música. Sempre mais do mesmo. Provavelmente a minha idade e maturidade influenciam, mas pra mim as dancinhas são a pior parte.
O Instagram, assim como fez com o Snapchat, quis ir na onda e se apropriar desse estilo de vídeos e mudou até o objetivo da rede, o que tem gerado uma reação negativa do público inclusive de pessoas que fazem (muita) grana por lá, como as Kardashians. E apesar de até ter videozinhos legais no Insta, fala sério, se vc conhece o tik tok e rola o feed de reels sabe o quão ruim é o algoritmo e como é muito inferior! Definitivamente o que aparece pra mim é muito pouco do que eu gostaria de ver, a maior parte passo direto. E sempre aparecem vídeos repetidos. Basicamente tem o que não quero ver e o que já vi.
Uma conhecida estava no dilema de "ter que" fazer videozinhos tipo tik tok pra divulgar seu trabalho e fui bem sincera em minha opinião: não faça, não passe essa vergonha.
Respeito quem faça com esse objetivo (na maioria das vezes), mas o problema é que a grande maioria das pessoas se preocupa mais com as dancinhas que com o conteúdo que quer passar, o que torna tudo ridículo e igual. E na maioria das vezes que vejo vídeos desses profissionais só sinto vergonha alheia, inspira zero credibilidade - e não queria isso pra ela.
Além disso, pelo fato de ter crescido com as redes sociais a minha sensação é a de que logo essa moda vai passar e vai até ser considerado vergonha, assim como consideramos hoje usar o filtro HDR ao máximo e postar fotos com o filtro de cachorrinho do Snap, por exemplo.
Confesso que às vezes bate uma vontade de entrar novamente no Tik Tok pra ver de fato coisas legais e que realmente me interessam (quem sabe até fazer uns videozinhos também). O que me trava ainda é saber o tanto de tempo que vou perder achando cada vez mais coisas interessantes, curtindo mais gente e mais vídeos e sempre recebendo exatamente o conteúdo que me interessa.
Mas a vida adulta não permite a perca de tempo.
Nenhum comentário: