O Rouxinol | livro

janeiro 16, 2023

 







Provavelmente você me considere ridícula (e eu sou mesmo), mas julgo sim um livro pela capa. E a capa de O Rouxinol sempre me fazia desdenhar dele.. 

Porém, todas as boas recomendações e os vários prêmios, como "Número 1 da Times" e "Melhor romance histórico do ano" deixavam ele sempre na minha listinha do Amazon e, quando entrou numa boa promoção, decidi que seria a minha leitura da vez. Vou te contar sobre este livro e se valeu a pena ignorar a capa cafona.


Resumo: França 1939: Viane Mauriac se despede do marido, que ruma para o front. Ela não acredita que os nazistas invadirão o país, mas logo chegam tanques, soldados em marcha e aviões despejam bombas sobre inocentes. Isabelle, irmã de Vianne, é uma jovem que leva a vida com furor e paixão. Enquanto muitos fogem dos terrores da guerra, ela se apaixona por um guerrilheiro e decide se juntar à Resistência, arriscando a vida para salvar os outros e libertar seu país. Seguindo a trajetória das irmãs e revelando um lado esquecido da História, O Rouxinol é uma narrativa sensível que celebra o espírito humano e a força das mulheres que travaram batalhas longe do front.



O livro inicia contando a história das irmãs Viane e Isabelle e a relação entre elas, com problemas que pessoas comuns em circunstâncias comuns podem vir a enfrentar. Sendo bem sincera, não me apeguei a nenhuma delas nesse início.

Até a guerra começar: é aí que de fato o livro começa.



Primeiramente tenho que ratificar que temos o privilégio de apenas ouvir falar da Guerra.


A Kristin Hanna abordou um aspecto da guerra que até então eu sequer tinha me dado conta e nem mesmo ouvido a respeito: as mulheres que ficaram. Normalmente ouvimos sobre os homens que foram pro front e participaram ativamente dos confrontos e de um modo geral como as coisas ficaram ruins nos países atingidos. Até então só conhecia sobre as mulheres que serviram como enfermeiras, cuidando dos soldados feridos. Nunca havia pensado sobre as mulheres que ficaram e em como elas também vivenciaram esse período devastador da humanidade. Ainda que de modo diferente, o que elas passaram foi igualmente horrível.


Ler O Rouxinol é bem triste em certos momentos. É doloroso, principalmente sendo mulher, descobrir o que e como aconteceu à essas mulheres que permaneceram em seus países -  mesmo que a autora se atenha ao estilo romântico e não em atestar os fatos, já que o livro não é baseado em fatos reais. É uma parte da História pouquíssimo falada (volto a dizer, sou leiga e nunca soube desses fatos até ler esse livro) e até de forma injusta, pois elas não só sofreram tanto quanto os homens que tiveram que ir guerrear como algumas até tiveram participação ativa, meio que como heroínas mesmo em meio a todo o caos. 


O livro ainda conta com bons plot twists que me deixaram de boca aberta, literalmente! A vertente romântica é quebrada pela "realidade" em momentos inesperados, o que melhora muito o livro e foi subindo o meu conceito sobre ele durante a leitura. Go, Kristin!


Curiosidade: Boatos fortíssimos na internet de que haverá uma adaptação de O Rouxinol para o cinema estrelando ninguém mais ninguém menos que as irmãs Dakota e Elle Fanning, o que por si só já dá credibilidade à produção. Aguardando ansiosa!





Como previ no último post sobre livros, minha expectativa foi um pouco frustrada mas apenas por ter lido a grandiosa Isabel Allende antes. Sigo não gostando da capa, mas gostei muito do livro que surpreende pela escrita e temática, traz uma leitura prazerosa, em alguns momentos triste, mas que traz também reflexões.



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