QUENTINHO NO CORAÇÃO

Muitos anos atrás, uma recém adolescente com muito lápis de olho e birras infundadas, sendo péssima companhia pra todos - principalmente pra ela mesma - num passeio em família, na volta pra casa, no banco de trás, olha pro lado e vê em outro carro um bebê lindo.
Ele olha de volta pra ela e abre o maior sorriso.
Ela sorri de volta.
E a raiva acaba.

Faz muito tempo, mas nunca esqueço aquele bebê. Aquele momento.

Pode ser um sorriso, uma música, uma mensagem, um elogio, um presente inesperado, um abraço... E como um sol em dia nublado, todo aquele sentimento ruim que às vezes teima em pairar sobre nós, apenas vai sumindo, e sumindo... Até a gente voltar a ter luz. A sorrir e a acreditar em nós mesmos.

Eu realmente penso que esses pequenos momentos, essas pequenas alegrias em dias cinzentos são como um lembrete de Deus pra que a gente fique bem. Pra que a gente não esqueça que Ele está sim de olho na gente.
Mesmo quando não parece.

E se existem motivos pra nos deixar pra baixo, existem tantos muitos outros pra nos fazer sorrir. E existirão sempre.